segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Move on

                           Duas coisas me fazem escrever melhor  (no meu conceito, claro):  o amor e  a fossa .  Então aproveitemos a inspiração dada a mim no final de semana, borá atualizar essa budega. E por mais que eu esteja tentada a discorrer de forma emotiva, temperamental e emo sobre o que aconteceu, não o farei.
                               Começarei com uma frase dita por uma amiga no sábado a noite, momentos após eu ter pedido pra ela me desejar sorte: ‘ Escorpiana não precisa de sorte precisa de vontade’. 
                               Vontade.  Ta aí a palavra que marcou meu final de semana.
                               A tal palavrinha começou a ser exercida na sexta-feira, a falta de disposição pra me encontrar com uma amiga acabou atraindo coisas negativas e realmente não a vi, e quer saber foi melhor assim, tenho certeza que ela também pensa assim, agora.
                               Quanto mais o relógio insistia em andar mais eu sentia algo me afligindo, a falta de vontade de ir pra aula, o projeto do mestrado pra desenvolver, a prova de domingo, tudo isso parecia que não me pertencia, mas eu segui em frente pra cumprir tabela.
                               Cheguei a São Paulo e fui pro meu ritual habitual: Mc, LAB,  biblioteca, aula e eu continuava não querendo estar ali.  E como uma sexta-feira típica paulistana, o frio e o trânsito da Paulista imperavam.
                               Ainda no caminho veio o convite  - festinha na usp? – Ah não sei. – 4 latas de skoll por R$ 5,00. – Daqui uma hora estou pronta.  Passamos o P3 e chegamos na rockeria, cerveja, rock do lado de fora, funk no refeitório e tudo estava mais ou menos. Nem tão bom nem tão ruim.  Uma galera fantasiada, pra manter a tradição, lembro de ter visto a mulher maravilha, Noel, Zorro, e uns garotos fantasiados de RESTART, mas nesse caso, não era fantasia eles se vestiam assim mesmo... E quem sou eu pra criticar a banda  que ganhou 5 VMBs ? Bom, eu sou eu.  E aquilo não devia ser chamado de música.
                               Totalmente  sem expectativas pra noite, eis que surge um amigo de doze anos atrás, eu confesso que nem o nome eu lembrava, mas o rosto tava guardado e as brincadeiras na piscina dos Astúrias também.  E pra surpresa ele agora é quase um vizinho, bixo na USP, mais alto, o mesmo cabelo loiro, mas com muito menos espinha.
                               E o libriano caiçara foi a feliz surpresa da noite, conversamos, dançamos e bebemos a valer, lembro dele pegado uma japonesa e eu pensando : - Danadoooo, cresceu.   Como o álcool a essa hora já fazia efeito eu não  me lembro de todos os tópicos discutidos com ele esse final de semana, mas foram muitos, de festas na FAUS a problemas de família. Foi bacana rever um amigo.
                               Dormi e quando acordei meu transtorno obsessivo compulsivo teve inicio, mal abri os olhos e já tava procurando o celular, tinham 3 sms, mas nenhuma de quem eu esperava... e foi assim o sábado , o domingo e é assim que vai ser agora.  
                               Sábado eu repeti a saída com o amigo libriano e que não acredita  em signos, mas ele é um típico libriano, até nisso. Bom papo, boa companhia e muitas risadas pra que eu esquecesse algumas coisas.
                               No domingo até aconteceram algumas coisas bacanas de manhã, fora o frio, e fica a dica: Nunca lave todos os seus moletons de uma vez só.  
                               A noite eu tomei coragem pra resolver  um ‘problema’ que se arrastava por um tempo, apesar do medo da resposta, e de levar meia hora pra formular 10 linhas no MSN, apertei o enter, e o que eu esperava aconteceu.  Ler de alguém que você gosta que aquilo que você achava que era uma qualidade na verdade te torna ‘diferente’ e um diferente que pelo visto não é bom, machuca, acreditem! 
                               O bom de se ter vivido quase 24 anos é que sabemos que tem coisa que machuca, dói, maltrata, mas não mata. Apesar da conversa dura e difícil, saí com o mesmo sentimento que saí da prova de domingo, fiz sim o meu melhor, o que eu podia ter feito e o resultado não depende de mim. Afinal, nem sempre o estudo, o esforço e a dedicação são recompensados.
                               Não tenho nenhuma outra 'prova' em mente, mas não quero ficar remoendo 'conteúdos' já ultrapassados pra alguém. E como me disse uma leonina ontem: O mundo dá voltas.  Vou ajudá-lo a girar mais rápido e com  apoio,ombro e colo de alguns amigos/amigas leoninas, virginianas, escorpianas e do libriano, tentarei fazer com que gire mais de pressa.
                                E agora é torcer pra que a decisão tenha sido madura. Ainda não to com discernimento pra decifrar isso.  Mas, ainda tenho muito mais que 24 anos pela frente (espero) e outras tantas 'provas ' estarão no meu caminho e se eu não 'passar' de novo,não tem problema, eles perderam muito mais do que eu. Como diz a propaganda:  Ser diferente é normal.
                               Um dia passa. Tudo passa. E #moveon.  

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