Tem gente que quando esta estressada corre, nada, fuma..Eu escrevo. Então vamos lá, aliviar a minha tensão.
Hipocrisia me irrita, me consome e me mata de ódio. Na minha época, não significava não. E sim, sim. Li esses dias que o sim é o novo não e que o que pega é fazer joguinhos no amor. Ridículo. E mais ridículo ainda é ver isso na atitude de pessoas com seus trinta e poucos anos. Não que eu ache que maturidade e idade estejam proporcionalmente ligadas. Deveriam. Mas, já desisti de acreditar nisso.
Pra mim, regras e normas sociais/ morais servem apenas como um modulador, com um único objetivo: sejam todos iguais, façam o que a gente manda e vão viver bastante e ‘bem’.
Eu não vivo bem. Não vivo bem do jeito que você quer, que você espera. Eu não sou politicamente correta, não sou meiga, não falo coisas só pra te agradar. Eu não sou aquilo que você esperava de mim, não sou de Áries, não gosto de acordar cedo, não faço academia por prazer, não fico depois da aula porque sou interessada, não deixo de sair com os amigos pra te fazer feliz, não consigo controlar a minha possessividade extrema. Não consigo ignorar as suas sms, não dá. Não respeito nada que comece com ‘é proibido’. E sim, eu sou advogada. Por quê ?
Eu sou muito menos do que eu queria, mas muito mais do que você deve achar que eu deveria. Eu sou as cervejas que eu tomo, as verdades que eu falo quase sempre em tom de brincadeira, pra não te assustar tanto, eu sou a música alta no meu quarto, a praia do tombo ao amanhecer, sou os segredos que eu guardo, sou aquela nossa conversa séria. Eu sou sãopaulina, sou um trecho dos mil livros que eu fichei desesperadamente e sem objetivo nenhum, sou a cicatriz na perna por pular uns muros de casas nos Astúrias.
Eu sou o seu melhor sorriso, aquele abraço que você nunca teve, aquela palavra que nunca foi dita, eu sou a minha raiva de não ter pulado de paraquedas e feito balonismo ainda, eu sou as promessas que eu me faço para todas as segundas-feiras do ano e que eu nunca cumpro.
Eu sou a irritação por não participar de todos os seus sorrisos, de todas as conversas , eu sou o meu ciúmes de tudo e todos, eu sou a vontade de quebrar a cara de todo mundo e a falta de força física que me impede. Eu sou a minha impulsividade em falar primeiro e pensar somente depois.
Eu sou todos os meus textos, sou a minha mania de escrever repetindo palavras, sou o meu pulso direito que estrala toda hora, sou tudo que é provisório e quase nada que é permanente. Sou insegura, indecisa e quase sempre insensata.
Sou tudo o que falo, respiro, sinto, bebo e fumo. Sou aquilo que você nunca vai entender. Eu sou a eterna saudade de outubro de 2010. Eu sou o ‘foda-se’ enquanto bêbada e o ‘fudeu’ no dia seguinte.
Eu sou o que eu discuto, o que eu defendo. Eu sou àquela que não mantém como seu ideal de felicidade: um carro, uma mansão e muito menos um cara ricaço pra me bancar. Sou aquela que desvaloriza exatamente tudo isso. E que idealiza um par de havaianas, uma mesa de bar e os amigos todos bem perto. Eu sou aquela que esta sempre disposta a salvar os amigos. Em todos os sentidos possíveis e naqueles que você nem de longe imagina.
Ei, eu sou aquela que não importa o que você pense e o quanto isso ainda possa me prejudicar, vou continuar dizendo: Eu quero que se FODA essa porra de sociedade.